Hoje o Clóvis Rossi, o plenipotenciário colunista da Folha, volta-se e revolta-se novamente contra a internet, como um "galinho" de briga. Que feio. Misturou tudo. Deveria estudar para aprender. O anonimato é a voz do povo. É a opinião pública. Por isso, anonimato. Por isso, dói, incomoda, fere. Ele e outros jornalistas terão que nos engolir. Ah, se cometermos algum crime, denunciem à Polícia Federal. Os coletes pretos do Tarso Punhético encontram qualquer um, não tenham dúvidas. Ainda mais sendo oposição ao governo federal. Leiam o artigo:
Estão no ar cenas explícitas da esculhambação total que é a política brasileira. De quebra, acompanham-nas cenas igualmente explícitas de como a liberdade da internet -inevitável e necessária- também pode contribuir para o esculacho. Refiro-me aos filmetes de propaganda partidária, quase anônimos, que foram ao ar em horário nobre pelo menos ontem e anteontem. São na verdade panfletos contra o governo federal. Um acusa-o de cobrar dos estudantes o pagamento do crédito educativo, ao mesmo tempo em que dá bilhões aos banqueiros e até a países vizinhos. O outro ataca também o agronegócio, a pretexto de defender o que seriam os "verdadeiros ruralistas", leia-se "a agricultura familiar". Os panfletos não levam assinatura, mas remetem para diferentes endereços de internet. Aí é que digo que a internet contribui para a esculhambação. Qualquer um cria sua página e, a partir dela, sente-se livre para alvejar quem quer que seja. No momento, a vítima é o governo Lula. Amanhã serão outros, sem a menor dúvida. Nada contra criticar o governo, qualquer governo. É o mais saudável dos exercícios. Mas, primeiro, é preciso botar o nominho nas críticas, até para que possa haver uma interlocução entre crítico e criticado ou para que este possa cobrar indenização quando a crítica ultrapassa os limites e vira ofensa. O segundo ponto da esculhambação vem segundos após os filmetes: aparece a bandeira do PTB e a voz de um locutor chamando para um prêmio Ivete Vargas. Só quem presta muita atenção deduz que os panfletos devem ser também do PTB porque a voz é a mesma. Ajuda-memória: o PTB é da base de apoio ao governo e um de seus expoentes, o ministro José Múcio, é também expoente do agronegócio, tratado como criminoso. Macunaíma ainda vai virar politicamente correto.