terça-feira, 29 de setembro de 2009

No stress.

Informa Fernando Rodrigues, aquele blogueiro da Folha que é um conhecido inimigo do anonimato, sobre a reforma eleitoral aprovada por Lula:

" Também foi incluída no caput (introdução) do artigo 57-D uma determinação vedando todo tipo de anonimato. Essa limitação torna impossível haver comentários livres em blogs, pois todos os internautas teriam de ser totalmente identificados --inclusive para postar comentários inofensivos."

Ao que contrapomos: se o blogueiro ou o comentarista não estiverem cometendo um crime, podem postar e blogar como anônimos o tempo que quiserem. O máximo que pode acontecer é que jornalistas como Fernando Rodrigues continuem morrendo de curiosidade para conhecer quem está por trás de notícias que eles, os jornalistas devidamente identificados, não tem liberdade e nem isenção para informar.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Uma conhecida blogueira quer vir ao Brasil.

Clique aqui e assine a Petition Online para pressionarmos o Lula que não lê e o PT que apóia a ditadura cubana a permitir a vinda da blogueira Yoani ao Brasil, para lançar o seu livro.

sábado, 19 de setembro de 2009

De uma blogueira anônima que fez história.

"Era de se esperar que os nossos ilibados parlamentares agarrassem, com unhas e dentes, qualquer oportunidade para tentar acabar com o anonimato na blogosfera política. Impressiona é o número de jornalistas e articulistas comemorando o fato - ainda que alguns, como Fernando Rodrigues, em artigo de hoje para a Folha de S. Paulo, dêem tratos ao porongo para apontar a inviabiliade da coisa. Daí que eu, quase sete anos de blog, fico aqui pensando de onde vem este problema dos jornalistas com o anonimato na blogosfera. Porque o problema - embora agora, por força das circunstâncias, esteja em evidência - não é novo."

Leia aqui.

Há covardes em todo o lugar.

Fernando Rodrigues é outro colunista da Folha que prega contra o anonimato, hoje, no grande jornal. É uma pena, porque é um blogueiro bem visitado. O jornalista não consegue ir muito além dos deputados que fizeram a legislação eleitoral para a internet. Brasília é um cachimbo que entorta a boca. O colunista deveria conversar com os colegas Ricardo Noblat e Reinaldo Azevedo e ver como eles resolveram os seus problemas com o anonimato. Em primeiro lugar, passaram a ser exclusivamente blogueiros, que é uma nova categoria de jornalista. Uma categoria que trabalha mais e melhor. Possuem moderadores ou moderam eles mesmos a sua área de comentários. Aliás, ontem foi aprovada uma nova estrutura para o currículos dos cursos de Jornalismo, incluindo mais estágios na formação dos profissionais. O Fernando Rodrigues poderia contratar um para chamar de seu. Entre outras coisas, ele poderia cuidar da área de comentários. À certa altura do artigo, o jornalista afirma: "vedar o anonimato é bonito. Todos querem conhecer os covardes responsáveis pelos comentários vitriólicos nos sites e blogs". Covardes existem em todos os lugares. Ontem, por exemplo, Lula chamou seus companheiros sindicalistas de covardes. Existem jornalistas covardes, às pencas. Toda a generalização é burra. Quase 100% dos comentaristas de blogs são anônimos. Ali desabafam. Ali pensam em voz alta. Ali exibem seu português ruim. Ali substituem a buzina no engarrafamento, o dedo em riste, soltam a sua agressividade e a sua brasilidade contida, também. Alguns fazem um trabalho tão bom que se transformam em blogueiros de qualidade, muito bem frequentados. Só vencem na blogosfera quando fazem o seu anônimo trabalho com dedicação, isenção e respeito às leis. Não adianta dar murro no anonimato. Melhor aprender a conviver e tirar dos anônimos o que eles têm de bom. Por exemplo, a valentia de enfrentar a covardia da imprensa tradicional.

Eis parte do artigo:

Para dirimir dúvidas e mal-entendidos, é importante registrar que não foi aprovada pelo Congresso a liberdade absoluta para a internet na eleição de 2010. Dois pontos chamam a atenção. O primeiro está no artigo no qual supostamente tudo fica liberado: "É livre a manifestação do pensamento, vedado o anonimato durante a campanha eleitoral, por meio da rede mundial de computadores -internet-, assegurado o direito de resposta". O problema é o aposto. Vedar o anonimato é bonito. Todos querem conhecer os covardes responsáveis pelos comentários vitriólicos nos sites e blogs. Só há um obstáculo: ninguém na galáxia descobriu como viabilizar tal exigência. É impossível checar se quem deixa um comentário usa identidade verdadeira. O anarquista com seu laptop numa rede wifi gratuita nunca será apanhado. Outra inutilidade seria os próprios sites e blogs exigirem cadastramento prévio de quem pretender deixar comentários. O vândalo fraudará o cadastro usando um e-mail falso. A única solução viável para vedar o anonimato será portais, sites e blogs políticos bloquearem espontaneamente todos os comentários. Será o fim da interação, algo incompatível com internet livre.

Nao estuda, não aprende.

Hoje o Clóvis Rossi, o plenipotenciário colunista da Folha, volta-se e revolta-se novamente contra a internet, como um "galinho" de briga. Que feio. Misturou tudo. Deveria estudar para aprender. O anonimato é a voz do povo. É a opinião pública. Por isso, anonimato. Por isso, dói, incomoda, fere. Ele e outros jornalistas terão que nos engolir. Ah, se cometermos algum crime, denunciem à Polícia Federal. Os coletes pretos do Tarso Punhético encontram qualquer um, não tenham dúvidas. Ainda mais sendo oposição ao governo federal. Leiam o artigo:

Estão no ar cenas explícitas da esculhambação total que é a política brasileira. De quebra, acompanham-nas cenas igualmente explícitas de como a liberdade da internet -inevitável e necessária- também pode contribuir para o esculacho. Refiro-me aos filmetes de propaganda partidária, quase anônimos, que foram ao ar em horário nobre pelo menos ontem e anteontem. São na verdade panfletos contra o governo federal. Um acusa-o de cobrar dos estudantes o pagamento do crédito educativo, ao mesmo tempo em que dá bilhões aos banqueiros e até a países vizinhos. O outro ataca também o agronegócio, a pretexto de defender o que seriam os "verdadeiros ruralistas", leia-se "a agricultura familiar". Os panfletos não levam assinatura, mas remetem para diferentes endereços de internet. Aí é que digo que a internet contribui para a esculhambação. Qualquer um cria sua página e, a partir dela, sente-se livre para alvejar quem quer que seja. No momento, a vítima é o governo Lula. Amanhã serão outros, sem a menor dúvida. Nada contra criticar o governo, qualquer governo. É o mais saudável dos exercícios. Mas, primeiro, é preciso botar o nominho nas críticas, até para que possa haver uma interlocução entre crítico e criticado ou para que este possa cobrar indenização quando a crítica ultrapassa os limites e vira ofensa. O segundo ponto da esculhambação vem segundos após os filmetes: aparece a bandeira do PTB e a voz de um locutor chamando para um prêmio Ivete Vargas. Só quem presta muita atenção deduz que os panfletos devem ser também do PTB porque a voz é a mesma. Ajuda-memória: o PTB é da base de apoio ao governo e um de seus expoentes, o ministro José Múcio, é também expoente do agronegócio, tratado como criminoso. Macunaíma ainda vai virar politicamente correto.